segunda-feira, 9 de abril de 2012

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Brasília, capital da construção


A onda de concursos públicos que se instalou em Brasília há aproximadamente cinco anos parece não ter fim. A estabilidade, a segurança dos salários em dia, os altos vencimentos – o que ocorre na maioria das vezes – e o vasto leque de vantagens atraem cada vez mais candidatos, que lotam as salas dos cursinhos preparatórios e buscam a aprovação, a classificação dentro do número de vagas e a sonhada nomeação.

Entretanto, os interessados que agora enchem as salas dos cursos são aqueles que, em um futuro próximo, estarão lotando, consequentemente, as salas das repartições e dos órgãos públicos. Um levantamento feito pelo portal de internet G1 aponta que o número de vagas previstas em 2012 em cargos de níveis federal e estadual, além de capitais, chega a 43,8 mil, sem contar as instituições que lançarão concursos para cadastros de reserva, isto é, quando os aprovados são chamados conforme a necessidade do órgão.

Por ser a capital federal, Brasília reúne as sedes das entidades da administração direta federal e também as autarquias, empresas públicas e sociedades de economia mista. Assim, grande parte dos aprovados nos certames de abrangência nacional vem trabalhar no Distrito Federal. A pergunta é: os prédios das repartições comportarão tanta gente?

No dia 15 de janeiro o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) inaugurou sua nova sede no Setor de Administração Federal Sul. Em seu pronunciamento, na solenidade oficial de inauguração, o ministro Ricardo Lewandovski disse que a mudança se deve em grande parte ao crescimento da população votante nacional. “Desde a inauguração do antigo prédio, em 1971, o eleitorado brasileiro saltou de 30 milhões para 136 milhões e o número de servidores também cresceu, de 70 para 768”, explicou. O TSE é um exemplo de órgão que teve de ser ampliado tanto em razão do aumento do eleitorado como – e consequentemente – do aumento do corpo de servidores. Prova disso é o concurso realizado no dia 12 de fevereiro para nomeação de novos candidatos.

Para mais gente, faz-se necessário mais espaço

A construção de novas instalações de órgãos e repartições públicas influencia a estrutura da cidade. Como Brasília tem uma planta previamente programada, com setores específicos destinados ao funcionamento dessas instituições, é compreensível e previsível que surjam questionamentos quanto aos espaços que sediarão os prédios que forem surgindo de acordo com a demanda.

O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) também ganhou um novo edifício no qual serão lotados servidores antigos e parte daqueles aprovados nos concursos de outubro de 2011 e julho de 2009. O prédio, que está sendo erguido ao lado do Fórum do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), o Fórum Desembargador Milton Sebastião Barbosa, será mais moderno e de instalações mais amplas.

A chefe do Departamento de Arquitetura e Engenharia (DAE) do MPDFT, Regina Fonteles, acredita que a fase mais turbulenta da obra já passou. “A etapa inicial é importante e mais complicada em razão das interferências entre o prédio do Tribunal de Justiça e a interligação com a primeira etapa. Vencidas as etapas de escavação e fundação, os trabalhos fluem mais rapidamente, porque diminui significativamente o grau de imprevisibilidade das etapas da obra”, avalia.

A entrega da segunda etapa da sede do Ministério Público está prevista para o final deste semestre, entre junho e julho. A PaulOOctavio assumiu as obras em 2008, depois que o MPDFT rescindiu com a construtora anterior, por inexecução parcial do objeto do contrato. Augusto Moura, engenheiro responsável pela construção, explica que a planta contempla mezanino, três subsolos e nove pavimentos com área total de quase 29.000 m2.
Moura resume o empreendimento como moderno e funcional. “A estrutura de concreto foi executada respeitando os mesmos níveis do edifício da etapa 1, a fim de permitir a interligação de todos os pavimentos e a conexão dos subsolos para uso das garagens. O sistema de ar-condicionado é central, do tipo VRF, que oferece a possibilidade de controle individual de temperatura visando à economia de energia. Há vias de prevenção e segurança para combate a incêndio, além dos aspectos para o acesso a portadores de necessidades especiais”, sintetiza.
Fonte: Jornal da Comunidade